VIVER EM Portugal: Que Tipo de Visto Precisa para Investir ou Viver no País?


Portugal é um dos destinos mais atrativos para cidadãos britânicos e irlandeses que procuram um novo estilo de vida no estrangeiro. Desde segurança e sol até à gastronomia rica e custo de vida acessível, o país oferece inúmeros benefícios. Importa referir que Portugal também dispõe de um sistema de vistos claro e flexível para investidores, reformados, trabalhadores remotos e famílias.

 

Vistos Schengen vs. Vistos Nacionais

 

A escolha do visto certo deve ser sempre avaliada caso a caso, tendo em conta os objetivos individuais e o propósito da estadia em Portugal.

 

De forma geral, existem duas categorias principais de vistos para entrar em Portugal:


● Visto Schengen
● Visto Nacional


O Visto Schengen destina-se a estadias curtas de até 90 dias e é normalmente utilizado para turismo, visitas a familiares, viagens de negócios, reuniões ou outros fins de curta duração.

Para estadias superiores a 90 dias, deve ser solicitado um Visto Nacional, que inclui:


Visto de Estadia Temporária – para estadias superiores a três meses e até um ano, frequentemente concedido para trabalho sazonal, tratamentos médicos prolongados ou situações semelhantes.


Visto de Residência – para estadias superiores a um ano.


Entre os vistos de residência, os mais utilizados por estrangeiros que pretendem residir e regularizar a sua situação em Portugal são o D2 – Visto para Empreendedores, D7 – Visto de Rendimento Passivo, e D8 – Visto para Nómadas Digitais.

 

Visto Gold Portugal (ARI): Para Investidores

 

O Visto Gold, oficialmente designado por Autorização de Residência para Atividade de Investimento (ARI), é ideal para quem pretende investir em Portugal sem se mudar de forma permanente. Trata-se de uma autorização de residência — e não de um visto — solicitada diretamente em Portugal após a confirmação do investimento.

 

Investimentos elegíveis incluem:


- Fundos de capital de risco ou private equity aprovados
- Doações para investigação científica ou projetos culturais
- Criação ou capitalização de empresas
- Criação de postos de trabalho

 

Requisito de permanência: Apenas 14 dias em Portugal a cada dois anos.

 

Vistos D2, D7 e D8: Viver em Portugal a Tempo Inteiro

 

Para quem pretende viver em Portugal, os vistos mais comuns são:


D2 – Visto para Empreendedores: Para cidadãos de fora da UE que pretendem criar um negócio ou trabalhar por conta própria em Portugal.


D7 – Visto de Rendimento Passivo: Destinado a cidadãos de fora da UE que podem demonstrar rendimentos estáveis provenientes de pensões, rendas imobiliárias, propriedade intelectual ou investimentos financeiros.


D8 – Visto para Nómadas Digitais: a. Dirigido a trabalhadores remotos —freelancers ou funcionários de empresas estrangeiras — que pretendem viver em Portugal enquanto trabalham para clientes ou empregadores no estrangeiro.

 

Regra de residência: Não poderá estar ausente de Portugal por mais de seis meses consecutivos ou oito meses não consecutivos durante o período da autorização.

 

Novo Incentivo Fiscal: RNH 2.0 (IFICI)

 

Após o fim do regime de Residente Não Habitual (RNH), Portugal introduziu o RNH 2.0 — oficialmente IFICI — para atrair talento nas áreas de investigação, ciência, inovação, finanças e startups.

 

Para se qualificar, é necessário:


- Tornar-se residente fiscal em Portugal
- Não ter sido residente fiscal nos cinco anos anteriores
- Exercer uma função qualificada (ciência, tecnologia, finanças ou startups)

 

Benefícios fiscais incluem:

- Taxa fixa de 20% sobre rendimentos qualificados
- Isenções sobre a maioria dos rendimentos do estrangeiro (exceto pensões)
- Válido por 10 anos, se as condições forem mantidas

 

Escolher a Opção Certa

 

Quer pretenda reformar-se no Algarve, investir em Lisboa ou trabalhar remotamente a partir do Porto, Portugal oferece um caminho de visto adequado. Cada opção tem os seus próprios critérios, pelo que é importante consultar a AIMA e obter aconselhamento profissional para garantir que está a tomar a decisão certa para o seu futuro.

 

Portugal continua aberto e acolhedor para cidadãos britânicos e irlandeses, oferecendo oportunidade, qualidade de vida e estabilidade — tudo a poucas horas de voo de casa.